O segundo dia do CEEX 2025 manteve o mesmo ritmo pulsante do início do evento, aquele clima de que a creator economy está vivendo sua fase mais madura, estratégica e consciente de si.
A abertura ficou por conta do especialista em creator economy Victor Cabral e do criador Pyong Lee, dois nomes que já chegam trazendo perspectiva sobre influência, comportamento e negócios.
A programação seguiu com palestras de nomes de peso do mercado,entre eles Hugo Rodrigues, que trouxeram insights sobre tendências, formatos e estratégias que já estão moldando a economia da influência.
Além disso, rolou uma roda de conversa sobre a série “Sua Maravilhosa”, do Globoplay, com Felipe Teodoro e Chica Barros, discutindo bastidores, impacto cultural e o poder de narrativas que ampliam repertórios.
A programação do dia cruzou a criatividade com gestão e tecnologia, entregando conteúdo prático para quem cria e para quem contrata.
Confira abaixo os destaques do dia:
Na creator economy, quem você é se torna o que faz
Max Petterson e Nathalie Billio abriram o debate lembrando que identidade é ponto de partida. Eles falaram sobre autenticidade, sobre a importância de assumir referências sem copiar e sobre como o público reconhece quando o criador tem um jeito próprio de curar conteúdo. A dupla reforçou que o verdadeiro sucesso não está apenas nos números, mas na capacidade de permanecer relevante, consistente e fiel à própria narrativa na internet.
O impacto da IA na criação de conteúdo
Lucas Lucco e Isaías Pretelly trouxeram uma perspectiva pragmática sobre o uso da inteligência artificial. Eles mostraram como a IA pode ajudar creators a analisar dados, otimizar processos, gerar ideias e até criar produtos e soluções. A conversa também abordou a possibilidade de “terceirizar” parte da pressão criativa, permitindo que o criador foque no que faz diferença: sua identidade e visão. O consenso foi claro,quem aprende a lucrar com tecnologia mantém vantagem competitiva no mercado.
Direito de imagem e uso da imagem
Jessica Cardoso e Raul Gazolla discutiram os desafios contemporâneos do uso de imagem em uma era em que tudo é gravado, recortado e compartilhado. Eles compararam o controle rígido que artistas tinham no período da TV com a circulação acelerada dos conteúdos nas redes sociais. O painel reforçou a importância de acompanhamento jurídico para proteger criadores, garantir contratos sólidos e evitar que a imagem se torne vulnerável e desprotegida em um ambiente de alta exposição.
A reinvenção da conversa na internet
Victor Cabral e Igor Coelho analisaram como a forma de conversar online mudou e como isso impacta relevância, engajamento e construção de comunidade. A dupla destacou a importância de resgatar a escuta ativa, criar pontes com o público e trabalhar formatos que privilegiam diálogo real, não apenas performance. A tese central: creators que sabem conversar, e não só falar, constroem relações mais profundas.
Da influência ao negócio
Ingrid Spyker e Felipe Teodoro discutiram a evolução do criador que decide assumir o comando da própria operação. Eles mostraram como a participação na gestão e visão estratégica transformam creators em empreendedores completos. O painel trouxe bastidores dessa virada de chave, reforçando que influência somada à gestão gera negócios mais sólidos e duradouros.
Influência no centro da estratégia
Manu Gavassi se uniu a Tiago Lara e Jacira Doce para discutir como marcas estão colocando creators no centro da construção de suas narrativas. Eles mostraram como campanhas cocriadas, alinhamento de valores e entendimento profundo de comunidade podem transformar a relação entre marcas e influenciadores, deixando de ser peça publicitária para virar parte da estratégia central do negócio.
Personalidade de marca
Rodrigo Mussi, Toguro e Ricardo Voz conversaram sobre marca pessoal como extensão do posicionamento e da postura do criador. Eles reforçaram que personalidade de marca não é só estética, é coerência: tom de voz, presença, narrativa e escolhas. O painel mostrou como criadores que dominam sua própria identidade ampliam oportunidades e constroem percepção forte no público.

