Em 2025, os creators seguem reescrevendo o roteiro da indústria do entretenimento e da mídia. Eles não apenas geram bilhões em visualizações, como também transformaram seus nomes em marcas e negócios próprios,com alcance e relevância que rivalizam, podendo até superar grandes empresas do setor.
O novo levantamento da Forbes comprova essa virada: os 50 creators mais ricos do mundo faturaram juntos cerca de US$853 milhões, só no último ano,com alta de 18% em relação ao recorde anterior. Além disso, esses influenciadores acumulam um público total de 3,4 bilhões de seguidores, 24% a mais do que em 2024.
De YouTube à TV: creators quebram recordes e conquistam novas plataformas
Os números impressionam. MrBeast, o creator mais seguido do mundo,com mais de 630 milhões de seguidores em suas redes sociais, transformou seu império de desafios e filantropia em um sucesso no streaming: seu reality Beast Games bateu recordes de audiência na Amazon Prime e já foi renovado para mais duas temporadas.
Outros nomes também mostraram a força de suas comunidades fora das telas pequenas: Alex Cooper, Matt Rife e Jake Shane lotaram arenas com shows e apresentações ao vivo.
Já Addison Rae emplacou um álbum pop de sucesso, com hits como Diet Pepsi, que entrou no Hot 100 da Billboard, e Charli D’Amelio chegou aos palcos da Broadway, provando que o talento dos criadores vai muito além das redes sociais.
Enquanto isso, creators como Dhar Mann, Rhett & Link e Alan Chikin Chow passaram a gerir seus próprios estúdios de produção, consolidando o movimento de transformar creators em verdadeiros conglomerados de mídia.
Uma economia que movimenta bilhões
O sucesso financeiro dos creators não vem só da publicidade. Além de contratos milionários, como o de Alex Cooper,fundadora do podcast Call Her Daddy, que assinou um acordo de US$125 milhões com a SiriusXM, os influenciadores investem em negócios próprios, vendem produtos e negociam participação acionária em marcas.
Segundo Ryan Detert, CEO da Influential, o marketing de influência deve movimentar US$ 50 bilhões no próximo ano. “Os dólares estão indo para as mãos dos criadores, que agora são os novos canais de mídia”, afirma.
Inteligência artificial acelera o futuro dos criadores
Com o avanço das ferramentas de inteligência artificial, a produção de conteúdo tende a ganhar ainda mais escala e qualidade. Para Eric Sheridan, co-head de tecnologia do Goldman Sachs, “as ferramentas de IA podem me dizer quem é meu público, como criar conteúdo mais rapidamente e reduzir a barreira para a criação de conteúdo de uma forma que pode acelerar meu tempo de comercialização”. Essa combinação deve impulsionar ainda mais o crescimento do setor, que pode passar de 67 milhões de criadores hoje para 107 milhões em 2030.