A economia criativa continua em alta no Brasil e, em 2023, movimentou R$ 393,3 bilhões,o equivalente a 3,59% do PIB nacional. Os dados são do Mapeamento da Indústria Criativa 2025, divulgado pela Firjan, que reforça como setores ligados à cultura, tecnologia, consumo e comunicação estão cada vez mais no centro do crescimento econômico.

Entre eles, Publicidade e Marketing aparecem como protagonistas, gerando quase metade dos empregos formais da indústria criativa,que hoje estão concentrados nesse eixo, reflexo direto da digitalização do consumo e da força da economia da influência.

“A comunicação deixou de ser massiva e passou a ser segmentada, contextualizada e sustentada por narrativas autênticas. É aqui que os influenciadores se tornam peças-chave, ocupando nichos que muitas vezes a mídia tradicional não alcança”, aponta Felipe Colaneri, cofundador da LOI, consultoria especializada em marketing de influência.

A própria trajetória da LOI mostra esse movimento. Nos últimos dois anos, a consultoria esteve à frente de projetos criativos com criadores para marcas como Apple TV+, Cinemark, Eudora e Mercado Livre. As ativações vão de ações digitais até experiências presenciais, passando por branded content e campanhas multicanal. “Mais do que engajamento, as marcas querem profundidade de conexão. A Creator Economy não é sobre volume, e sim sobre valor percebido”, completa Felipe.

O estudo ainda revela que ocupações como analista de e-commerce, redator publicitário, profissional de mídias digitais e analista de negócios estão entre as que mais cresceram em 2023. Todas conectadas a habilidades que sustentam as estratégias com influenciadores hoje: produção de conteúdo, storytelling, performance e análise de dados.

Para Felipe, o setor vive um momento de consolidação e sofisticação: “A profissionalização dos criadores, o uso de dados e o foco em diversidade e representatividade fortalecem não só o mercado, mas também os impactos culturais e econômicos das campanhas de influência”.

Mesmo com maior concentração no Sudeste, o Mapeamento da Firjan reforça que a economia criativa tem impacto transversal: atravessa setores tradicionais, gera valor simbólico para marcas e fortalece o soft power brasileiro no cenário global.

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