Na nova economia de influência, se arriscar é necessário. Lançar uma marca é arriscado e investir em um produto do zero também. Mas esse risco pode trazer grandes benefícios, como transformar o influenciador em uma referência no seu nicho. O problema é que entrar nesse mercado também tem seus lados negativos.
Nem todas as marcas conseguem se manter em alta. Elas podem até chamar atenção durante seu lançamento, mas o segredo está em conseguir continuar relevantes com o tempo.
Além disso, entender o mercado é essencial: saber quem são os concorrentes, qual o diferencial do seu produto e o porquê o consumidor vai preferir a sua marca, são pilares decisivos.
Segue abaixo algumas marcas que acabaram sendo esquecidas pelo público:
Essential, do Lucas Rangel
A marca de produtos de skincare com a estética de papelarias, não foi tão consumida como o esperado pelo público, principalmente por fugir totalmente do seu nicho de humor e pelo preço estar acima da média do mercado nacional.
Fave Skin, de Flávia Pavanelli
Muito aguardada pelo público da influenciadora, a marca de skincare enfrentou resistência por conta dos preços acima da média do mercado. Hoje, Flávia parece mais focada em sua marca de roupas.
Maria's Baby, de Virgínia Fonseca
Lançada com a proposta de produtos infantis, a marca enfrentou polêmica ao ser comparada com a Kylie's Baby, da também influenciadora Kylie Jenner. Após o nascimento da filha Maria Alice, e diante das críticas, a marca acabou sendo descontinuada.
LouTh, de Tata Estaniecki
A marca de sapatos foi encerrada por conta da dificuldade de conciliar com a agenda da influenciadora.
GKAY e suas marcas descontinuadas
GKAY já lançou diferentes marcas, mas muitos de seus projetos acabaram interrompidos. Entre os motivos,problemas contratuais, rejeição do público e mudanças de foco. Entram nessa lista: GYKA (moda), It’s GKAY (maquiagem) e a marca de colágeno By GKAY.
Para o especialista em Creator Economy Victor Cabral, o erro de muitas marcas criadas por influenciadores está em não tratar o lançamento como o início de uma empresa de verdade.
“Quando um criador lança uma marca, ele está montando uma empresa e isso envolve estudo de mercado, gestão, fornecedores e investidores. Muitos acreditam que o número de seguidores garante vendas, mas sem planejamento, posicionamento e consistência, o negócio não se sustenta”, explica Cabral.
No fim das contas, o sucesso de uma marca criada por influenciadores não depende só de números ou engajamento. É preciso estratégia, consistência e, principalmente, conexão real com o público. Lançar um produto pode até ser o auge de um hype, mas manter a marca viva exige visão de negócio clara.